O Banco do Brasil (BB) registrou lucro líquido de R$ 8,5 bilhões no primeiro trimestre, o que corresponde a uma alta de 28,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (15).

O resultado veio em linha com a expectativa dos analistas de mercado, que projetavam um lucro de R$ 8,46 bilhões. “O resultado se traduz pelo crescimento responsável da carteira de crédito, com performance positiva em todos os segmentos, pela inadimplência sob controle e pelo foco na diversificação de receitas e controle de custos”, diz o BB.

Já na comparação com o quarto trimestre de 2022, o lucro do banco público recuou 5,4%. A carteira de crédito ampliada do BB alcançou R$ 1,03 trilhão em março, um aumento de 16,8% no ano contra ano e de 2,7% na margem.

A carteira ampliada de pessoas físicas cresceu 3,6% no trimestre e 11,7% em 12 meses, para R$ 300 bilhões, influenciada pelo desempenho do crédito consignado (+3% no trimestre e +9,6% em 12 meses) e do cartão de crédito (-0,6% no trimestre e +13,2% em 12 meses).

A carteira ampliada de pessoa jurídica registrou crescimento de 1% em bases trimestrais e de 12,7% em 12 meses, atingindo R$ 362 bilhões, com destaque para a carteira de Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) com evolução de 3,4% no trimestre e 24,2% em 12 meses.

No agronegócio, a carteira alcançou o saldo de R$ 322,5 bilhões, um crescimento trimestral de 4,1% e anual de 26,7%, com ênfase para as operações de custeio (+4,2% no trimestre e +45,6% em 12 meses) e de investimento (+7,6% no trimestre e +49,8% em 12 meses).

“O BB permanece líder de desembolso no plano safra 2022/2023, com um crescimento de 30% em relação à safra anterior, atingindo R$ 148,4 bilhões.”

A taxa de inadimplência acima de 90 dias, por sua vez, passou para 2,62%, contra 2,51% em março de 2022 e 1,89% em dezembro. Já a PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa), colchão contra possíveis calotes, somou R$ 5,856 bilhões e aumentou 112,3% ante o primeiro trimestre do ano passado, tendo caído 10,4% em relação ao último trimestre de 2022.

Segundo o BB, a alta da PCLD em bases anuais reflete mudanças societárias no controle acionário de um cliente específico do segmento “Large Corporate” do setor agroindustrial que teve o processo de recuperação judicial homologado em 2019. O banco não informa qual é a empresa a que se refere.

As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,1 bilhões, redução de 3,6% na comparação com o trimestre anterior, impactadas pela sazonalidade do trimestre. Com relação ao mesmo período do ano anterior, o crescimento de 8,1% foi influenciado principalmente pelo desempenho nas linhas de comissão de seguros, previdência e capitalização (+10,7%); rendas de cartões (+20,4%); e administração de fundos (+4,9%).

Além disso, as despesas administrativas totalizaram R$ 8,7 bilhões, queda de 2,5% em relação ao trimestre anterior e alta de 6,1% na comparação anual, aumento impactado pelo reajuste salarial de 8% concedido aos bancários em convenção coletiva de trabalho em setembro de 2022.

Como resultados dos números apresentados, o RSPL (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) do BB, indicador que mede a rentabilidade da operação da instituição financeira, avançou para 21% em março, contra 18,2% em março de 2022 e 23% em dezembro.

RAIO-X | BANCO DO BRASIL

  • Fundação: 1808
  • Lucro líquido no 1º trimestre de 2023: R$ 8,5 bilhões
  • Agências: 3.980
  • Funcionários: 85.457
  • Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO