Uma noite especial, entre amigos. Era assim que os anfitriões da turnê Titãs Encontro – Todos ao Mesmo Tempo Agora definiam o primeiro reencontro da formação clássica da banda. Os artistas, é claro, estavam se referindo ao momento histórico que acontecia no palco da Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (27), em comemoração aos 40 anos de estrada do grupo. Mas também poderiam incluir na descrição sua relação com o público – mais do que nostalgia, era intimidade que se via ali.

O som decepcionou um pouco no início da noite, mas havia algo de especial em testemunhar novamente aquele rodízio tão peculiar no microfone principal, começando por Paulo Miklos, que abriu o show com “Diversão” e todo seu carisma, suas caras e bocas e irreverente interação com a plateia. Depois vieram Arnaldo Antunes e seus movimentos corporais performáticos e inconfundíveis, em “Lugar Nenhum”.

Uma noite especial, entre amigos. Era assim que os anfitriões da turnê Titãs Encontro – Todos ao Mesmo Tempo Agora definiam o primeiro reencontro da formação clássica da banda. Os artistas, é claro, estavam se referindo ao momento histórico que acontecia no palco da Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (27), em comemoração aos 40 anos de estrada do grupo. Mas também poderiam incluir na descrição sua relação com o público – mais do que nostalgia, era intimidade que se via ali.

O som decepcionou um pouco no início da noite, mas havia algo de especial em testemunhar novamente aquele rodízio tão peculiar no microfone principal, começando por Paulo Miklos, que abriu o show com “Diversão” e todo seu carisma, suas caras e bocas e irreverente interação com a plateia. Depois vieram Arnaldo Antunes e seus movimentos corporais performáticos e inconfundíveis, em “Lugar Nenhum”.

Boa parte do repertório do show, que traz ainda o guitarrista Tony Belloto, o baterista Charles Gavin e o músico e produtor Liminha na guitarra, tem base nos cinco primeiros álbuns da banda, lançados na década de 80 – Titãs (1984), Televisão (1985), Cabeça Dinossauro (1986), Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987) e Õ Blésq Blom (1989). Mas o setlist também inclui sucessos de safra mais recente e até dedica uma seção inteira ao formato acústico, que rendeu dois discos e angariou fãs de outras gerações ao grupo.

Depois de “Cabeça Dinossauro”, que teve recepção calorosa do público, entraram no telão imagens de arquivo da banda. Começa, então, a sequência acústica do show: em “Epitáfio”, Britto pede para todos acenderem seus celulares, e o público responde, iluminando a arena e cantando em coro. Logo em seguida, vem outra dobradinha certeira, com “Os Cegos do Castelo” e “Pra Dizer Adeus”.

É justamente no final do bloco mais intimista que o espetáculo perde um pouco de ritmo, bem durante a homenagem ao guitarrista Marcelo Fromer, o oitavo titã, morto em 2001. Nada grave, que não possa ser ajustado sem as emoções extras de uma estreia e com um pouco mais de entrosamento e menos nervosismo da convidada especial da noite. “Nós todos sentimos a ausência de Marcelo Fromer no palco, mas queremos celebrar a presença dele nas nossas vidas, através da presença da filha dele, Alice Fromer”, anuncia Antunes, pouco antes da apresentação de “Toda Cor” e “Não Vou me Adaptar”.

Em seguida, a banda esquenta as turbinas novamente, com “Marvin”, “Go Back” e “É Preciso Saber Viver”, que Miklos dedicou a Erasmo Carlos, falecido em novembro do ano passado. Mas a mágica acontece mesmo a partir daí, com uma sequência poderosa de hits: “32 Dentes”, “Flores” e “Televisão”. O que até então era uma bem-vinda reunião de amigos dá liga de vez, e o que se vê é toda a potência de uma banda afinada e enérgica.

“Bichos Escrotos” foi anunciada como saideira, mas o público queria mais e sabia que ainda faltavam hits no generoso setlist da banda. Antes do bis, Belloto pediu uma salva de palmas a Liminha, que ficou, segundo ele, “com a complexa missão” de substituir Fromer na guitarra.

Então vieram “Miséria” e “Família”, antes de um dos principais sucessos dos Titãs provocarem a catarse final do espetáculo: “Sonífera Ilha”. “Não dá para definir direito o que a gente está sentindo aqui no palco. A alegria é tão grande que a gente está transbordando, então vamos encerrar esse encontro com uma canção que também transbordou e está impressa na alma dos brasileiros”, anunciou Miklos.

Foi, certamente, uma noite que os fãs famintos por diversão e arte não vão esquecer tão cedo.

Setlist:

Diversão
Lugar Nenhum
Desordem
Tô Cansado
Igreja
Homem Primata
Estado Violência
O Pulso
Comida
Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas
Nome aos Bois
Eu Não Sei Fazer Música
Cabeça Dinossauro
Epitáfio
Os Cegos do Castelo
Pra Dizer Adeus
Toda Cor
Não Vou me Adaptar
Marvin
Go Back
É Preciso Saber Viver
32 Dentes
Flores
Televisão
Porrada
Polícia
AA UU
Bichos Escrotos
Miséria
Família
Sonífera Ilha

Fonte: Omelete