Enquanto boa parte dos servidores estaduais já garantiram um reajuste linear de 5%, a contar a partir de 1º de maio, os professores – que respondem pela maior parte do funcionalismo – ficam excluídos e precisam negociar à parte, revindicando quase 17% na correção.

Conforme o atual presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), Gilvano Kunzler Bronzoni, a categoria já está conversando com o governo do Estado.

“Temos hoje pré-agendado uma reunião com a Secretaria de Estado de Administração (SAS) as 10:30, comissão da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems)”, expõe Gilvano.

Ainda na quarta-feira, após o anúncio dos 5% de reajuste, o próprio Governo do Estado frisou – sem especificar o quantitativo de servidores abrangidos pela medida – a abertura ao diálogo com categorias específicas.

“Vamos procurar sempre fazer a correção. Só não pode ultrapassar o índice de 44% imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) com a folha de pagamento”, destacou o governador Eduardo Riedel antes do anúncio da medida.

Problemas pelo caminho

Gilvano explica que pela atual legislação de Mato Grosso do Sul, os professores estaduais da Capital – e todo o Estado – tem duas rodadas de reajustamento, neste 2023, para chegar a 92% do piso salarial da categoria.

“Nossa pauta também é a equiparação dos professores convocados. Para chegar a esse índice [92%], o governo tem que repor 16,95% em maio e outubro”, argumentou o presidente da ACP.

Segundo a Secretaria de Estado de Educação, Mato Grosso do Sul possui aproximadamente 17 mil professores, entre efetivos e convocados, na Rede Estadual de Ensino de MS.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO