Governo do Estado executará em Plano de Gestão de Risco e Segurança, a implementação de botão do pânico e formação de condutas de segurança a funcionários de escolas públicas e particulares.

Nesta sexta-feira(14),  o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, visitarão seis unidades escolares de Campo Grande, dando início as primeiras orientações.

E na próxima semana, já se inicia o treinamento para os funcionários das primeiras escolas visitadas. De acordo com o plano do Governo, 24 trabalhadores da educação que vão receber instruções especificas durante dois dias.

A ação segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), visa capacitar profissionais das escolas para situações emergenciais que demandem condutas específicas de segurança no âmbito escolar.

A intenção da secretaria de segurança é realizar a ação de forma progressiva em todas as escolas do Estado.

De acordo com a Sejusp, Policiais Militares também receberão treinamento destinado à prevenção, interrupção, mitigação e resposta às ocorrências de crises policiais em unidades de ensino.

Inicialmente, policiais visitarão as unidades escolares para detectarem nos espaços físicos se existe possibilidade de melhoria na segurança predial.

Tendo sido realizada a averiguação dos espaços, começa o treinamento para os funcionários das escolas.

SEGURANÇA NAS ESCOLAS

Em coletiva para a imprensa nesta quarta-feira(12), o governador Eduardo Riedel (PSDB) anunciou que haverá reforço da ronda policial nas escolas, ampliação do monitoramento com novas câmeras e “botão do pânico” nas unidades para casos de emergência.

A ronda policial será reforçada nas escolas estaduais pela Polícia Militar, com definição de regiões estratégicas, tendo a presença de monitoramento aéreo com helicópteros da corporação.

Estas ações estão dentro do programa “Escola Segura, Família Forte”, que será ampliado pelo Governo do Estado, com uma série de ações de prevenção junto à comunidade escolar.

A execução do projeto será feito, por intermédio do COSI (Centro de Operações de Segurança Integrado) e a Secretaria Estadual de Educação, também faz parte das ações, onde disponibiliza cartilhas para estabelecer protocolos e orientações para elaboração de ações pedagógicas para combater as diferentes formas de violência na escola.

CASOS

Todas as intervenções estão sendo feitas, em resposta a casos recentes, nacionais e regionais, de violência no ambito Escolar.

Nos últimos 15 dias o País já registrou casos de violências em escolas de outros três estados: em São Paulo, onde uma professora foi morta e quatro pessoas feridas; em Blumenau (SC), onde ocorreu um ataque que deixou quatro crianças mortas; e em Manaus (AM), onde duas crianças e uma professora foram feridas por um estudante de 12 anos armado com faca.

Em Mato Grosso do Sul, uma estudante de 16 anos sofreu corte no braço e precisou receber seis pontos depois de ter sido esfaqueada na frente da Escola Estadual João Leite de Barros, na saída da aula, no dia 29 de março. Ela foi atacada por outra aluna, que estuda na mesma sala e tem 15 anos.

Também conforme noticiado pelo Correio do Estado no dia 5 de abril, três estudantes foram apreendidos durante investigação de um possível ataque ao Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) em Coxim. Os adolescentes têm entre 16 e 17 anos e são acadêmicos no campus do município.

De acordo com a polícia, os suspeitos pretendiam realizar um ataque no IFMS, que estava sendo planejado por WhatsApp, e, entre as mensagens, a equipe encontrou fotos de duas armas e uma adaga.

A polícia constatou também que os estudantes tinham como alvo atacar pessoas da comunidade LGBTQIA+. Eles foram levados para a delegacia, ouvidos e soltos.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO