Com relação as mortes da última semana, as vítimas são três homens e uma mulher, sendo um homem de 81 anos residente em Dourados; um homem de 59 anos de Ivinhema; um homem de 46 anos de Brasilândia e uma adolescente de 17 anos de RIbas do Rio Pardo.
Três Lagoas é a cidade do Estado que concentra mais mortes, com cinco vítimas, seguida por Campo Grande e Dourados, com duas vítimas cada.
Aquidauana, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Guia Lopes da Laguna, Ivinhema, Laguna Carapã e Amambai têm uma morte cada.
Em todo o ano passado, o Estado registrou 24 mortes por dengue e 21.328 casos confirmados.
Aumento de casos
Conforme reportagem do Correio do Estado, com um verão mais chuvoso em 2023, os casos de dengue em Mato Grosso do Sul cresceram 10 vezes em comparação com o registrado na estação no ano passado.
De acordo com os dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), neste ano, durante o verão, que começou em 21 de dezembro e terminou em 20 de março, 5.576 casos de dengue foram registrados em MS, 938,36% a mais do que as 537 confirmações do ano passado, na mesma estação.
No início de abril, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) fez um alerta sobre os casos da doença já representarem uma epidemia na cidade, com aumento de 20% nos atendimentos a pessoas que apresentam sintomas da enfermidade.
Por este motivo, a Prefeitura de Campo Grande pediu ao Exército Brasileiro a ajuda de militares para o combate à dengue na Capital.
A ideia da Sesau é que os militares sejam treinados para atuar como agentes de endemias, percorrendo as residências no município, fortalecendo a orientação à população sobre os cuidados para se evitar a doença, além das ações para eliminar todo e qualquer recipiente que possa servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
Em entrevista ao Correio do Estado, a superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (Sesau), Veruska Lahdo, destacou que o Estado e a Capital estão passando por um período sazonal de aumento de casos ocasionados pelo mosquito Aedes aegypti.
Veruska destacou que, durante o verão, é comum o registro significativo das três doenças que o mosquito Aedes aegypti causa: dengue, zika e chikungunya.
Já com relação ao Estado, o governo do Estado anunciou, também no início do mês, pacote de R$ 13 milhões para auxiliar os 79 municípios dentro do Programa Estadual de Enfrentamento às Arboviroses.
O recurso também contempla o enfrentamento às doenças respiratórias.
Saiba
De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.