O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, voltou a afirmar em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, que seu comprimisso com a população é de que as concessões das rodovias e ferrovias federais que passam pelo Estado e que estão com projetos em ritmo lento, avancem.

Eduardo Riedel voltou a frisar a declaração que deu no início de seu mandato, ao Correio do Estado, em primeira mão: de que Mato Grosso do Sul está pronto para assumir as rodovias federais do Estado caso a União não avance com as concessões.

“Já falei e repito. Se a União não quiser avançar em alguma dessas concessões (BR-163, BR-262, BR-419 e Malha Oeste), o Estado se credencia a assumir pode delegação essas rodovias e ferrovia e fazer a licitação”, afirmou, sendo aplaudido em seguida pelo público presente.

“Em quase três meses de governo estive por algumas vezes em Brasília tratando dos eixos centrais para o desenvolvimento do Mato Grosso do Sul”, lembrou o governador durante a abertura da audiência, que contou com a participação de parlamentares, prefeitos e secretários de Governo.

Pontos de interesse do MS

Ainda durante o evento, o governador e o secretário da Seilog (Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística), Hélio Peluffo, entregaram ao diretor-geral da ANTT um documento constando cinco pontos de interesse no projeto de relicitação do trecho norte da BR-163.

Três das cinco ações propostas são para Campo Grande: pavimentação do acesso do bairro Moreninhas ao anel viário, pela Rua Projetada; pavimentação do acesso às Moreninhas ao anel viário, pela Rua Copaíba, entre a saída de Dourados e a MS-040; e a construção de um viaduto de acesso à Chácara dos Poderes, no cruzamento do anel viário com a Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo.

Os dois outros pontos são para cidades do interior: implantação de interseção em dois níveis e vias marginais à BR-163, em Jaraguari; e pavimentação do acesso à MS-245, em Bandeirantes.

Uma sexta reivindicação foi abordada durante a audiência. “A adequação viária do trevo do núcleo industrial norte de Campo Grande, que é uma região que passa por uma grande expansão empresarial, com instalação de novas indústrias e geração de emprego”, explicou Peluffo.

Investimentos

Para operar em um trecho de 379,6 km, compreendidos entre o entroncamento da BR-163 com a BR-262, na saída para Três Lagoas, em Campo Grande, até a divisa com o Estado de Mato Grosso, em Sonora, a ANTT prevê que a nova concessionária do trecho denominado Rota do Pantanal invista mais de R$ 7 bilhões ao longo dos 30 anos da concessão.

Do total dos investimentos previstos, R$ 4,3 bilhões seriam em investimentos, como a requalificação do asfalto, duplicação de 63 km de pista e construção de 74 km de faixas adicionais.

Também estão entre os investimentos a construções de 74 dispositivos e intersecções (trevos, viadutos), 14 passarelas de pedestres, a construção de 3 km de vias marginais, e de mais 1 área de descanso para caminhoneiros.

Outros R$ 2,8 bilhões da concessão seriam aplicados na operação e no atendimento ao usuário, com a construção e instalação de um centro de controle operacional, de serviços de atendimento ao usuário, de instalação de câmeras em 100% do trecho, iluminação em led de trechos importantes, e sistemas de socorro humano, animal e mecânico.

Outro trecho

O outro trecho da BR-163, que também é mais longo, e deve abranger parte da BR-267, só deve ter as propostas lançadas dentro de, no máximo, três meses.

O trecho que começa no entroncamento da BR-262, em Campo Grande, e vai até a ponte do Rio Paraná, em Mundo Novo, na divisa com o Estado do Paraná, e também poderá se deslocar pela BR-267 até outra ponte sobre o Rio Paraná, em Porto XV, na divisa com São Paulo, será chamado de Rota do Tuiuiú.

O diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, disse que pretende voltar ao Estado em, no máximo, três meses. A nova audiência pública, porém, poderá ocorrer na cidade de Dourados.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO