As chuvas este verão foram mais intensas que o esperado, sendo que na maior parte dos municípios de Mato Grosso do Sul a precipitação ficou bem acima do esperado para o mês de fevereiro.
Conforme já divulgado pelo Correio do Estado, Campo Grande já acumula mais de 192 mm de chuva em fevereiro, quando o esperado para todo mês era de 176 mm. Hoje, a precipitação na Capital atingiu 18,4 mm na região do Jardim Panamá; 15,6 mm na Vila Santa Luzia e 16,6 mm no Jardim Universitário.
Já em Rio Verde de Mato Grosso, a chuva atingiu 30,2mm, somando 301,4 mm na média do mês, quando o esperado era de 181,1 mm. Já em São Gabriel do Oeste, a chuva foi de 17,8 mm e o acumulado do mês está em 341,2. Para este período, o esperado era de 172,2mm.
Em Rochedo, a chuva que caiu hoje atingiu a média de 17,4. A estimativa para este mês era de 174,1, mas o acumulado de chuva em fevereiro atingiu a marca de 217,1.
Em Três Lagoas, a medição foi feita em dois pontos da cidade. Na região de São Carlos, o acumulado é de 357,2 mm, mas a média esperada era de 168,7mm e, hoje, a precipitação atingiu a marca de 101,4 mm.
No jardim Dourados, também em Três Lagoas, choveu 40,8mm e o acumulado do mês ficou em 298,2 mm, sendo que a média esperada era de 168,7 mm.
Na região de fronteira, o acumulado também ficou acima das expectativas. Em Ponta Porã, a chuva de hoje atingiu 17,4mm. A média esperada era de 162,2mm, mas o acumulado ficou em 514,8 mm.
Em Mundo Novo, a média esperada era de 138,1, mas a precipitação ultrapassou as expectativas e ficou em 420,8 mm.
Ainda de acordo com as medições de Abrahão, Corumbá foi uma das poucas cidades onde o acumulado ficou abaixo da média esperada. Lá, em fevereiro deveria ter chovido 161,3 mm, mas a média mensal ficou em 117,2. Hoje não teve chuva na cidade.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o grande volume de chuvas já era esperado para esse período do ano. No verão, a combinação de uma massa de ar quente e de umidade vinda do Paraguai favorecem a precipitação.
“A instabilidade causada por essas massas de ar quente e úmidas resultam em chuvas intensas, o que é normal para essa época do ano”, afirmou Heráclio Alves, meteorologista do Instituto.
O especialista ainda esclarece que esta instabilidade atinge toda a região Centro-Sul do país, causando chuvas também em Goiás, Mato Grosso e Paraná. A previsão para o fim de semana é de que as chuvas continuem em maior parte de MS
ESTRAGOS E PREJUÍZO
Em Bonito, os rios Miranda, Taquari e Formoso e também vários córregos da cidade inundaram com as fortes chuvas. Diversas pontes e rodovias precisaram ser interditadas em decorrência dos estragos.
Ao Correio do Estado, o prefeito da cidade, Josmail Rodrigues, informou que, somando-se a chuva que caiu de manhã até a tarde desta sexta-feira, a média atingiu 180 mm, sendo que além do rio Taquari e Miranda, o Rio Formoso, também transbordou, mas ainda não atingiu a região do Balneário Municipal.
Ainda segundo ele, todas as estradas vicinais ficaram interditadas em decorrência do volume de chuva. Contudo, casas e comércios não foram atingidos.
“Tem locais em Bonito que não fizeram drenagem e acabaram alagando, mas não é desesperador porque a chuva deu uma parada agora”, explicou Josmail à reportagem na tarde de hoje, quando já havia parado de chover na cidade.
Entre as estradas vicinais atingidas pelos estragos da chuva está a Rodovia do Turismo, que são 9,73 km, que fica entre as pontes do Rio Formoso e o Córrego Bonito. Diversos pontos da zona rural também ficaram interditados.
O alagamento também atingiu a MS-382, no sentido Guia Lopes da Laguna, passando pela Ponte do Rio Miranda.
De acordo com os dados da Sala de Situação do Instituto de Meio Ambiente de MS, o Rio Miranda está acima da cota de referência, atingiu 651 cm nesta sexta-feira e o Rio Taquari, que já estava sendo monitorado desde o começo da semana, ficou acima de 445 cm.
FONTE: CORREIO DO ESTADO