Ministra dos Povos Originários, Sonia Guajajara, diante do trabalho que vem sendo executado, de assistência aos povos da Terra Indígena Yanomami, lembrou que outras comunidades que podem estar em crise.

“Uma situação também preocupante é a do Povo Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, que vive insegurança e situação permanente de conflitos territoriais. Sem lugar para plantar, têm muita dificuldade para produzir alimentos”, disse ela em entrevista ao Estadão.

Importante frisar que, ainda na semana passada, o Governo Federal decretou emergência em saúde na reserva Yanomami, localizada em uma área de 9,6 milhões de hectares, entre Brasil (nos Estados de Roraime e Amazonas) e Venezuela, com cerca de 30,4 mil habitantes.

Esses povos originários vivem o ônus do garimpo que, sem qualquer tipo de combate – a não ser dos próprios indígneas -, registrou um avanço imparável, que deixa rastros de desnutrição, contaminação por mercúrio e diversos outros problemas de saúde.

“As crianças estão desnutridas de malária, diarreia e verme, porque o governo federal abandonou a população Yanomami. Não tem medicamentos nem profissionais para dar assistência”, afirma um dos principais defensores da demarcação da T.I há 30 anos, Dário Kopenawa, liderança Yanomami e filho do xamã Davi Kopenawa.

MS na rota

Mato Grosso do Sul também aparece na lista de medidas, tomadas pelo atual governo, em reparação do que teria sido feito em relação à assistência pela gestão anterior, com a exoneração de 11 chefes responsáveis pela saúde das comunidades indígenas.

Essa medida se deu após constatada a precariedade da situação vivida pelos yanomamis e, entre os onze exonerados aparece Luiz Antonio de Oliveira Junior, que atuava como Coordenador Distrital de Saúde Indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena – Mato Grosso do Sul.

Luiz, que é natural de Campo Grande, possui 52 anos, e formação acadêmica em Administração de Empresas, pelo Centro de Ensino Superior de Campo Grande (Cesup), em  1995, com serviços prestados à instituições e órgãos de saúde desde 1996.

Fonte: Correio do Estado