O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), apresentou ontem (27) o balanço de sua gestão nos últimos oito anos. Conforme os dados apresentados, o Estado quase dobrou seu Produto Interno Bruto (PIB) durante o período.

Em 2014, a soma de todas as riquezas geradas pelo Estado era de R$ 78,9 bilhões, e em 2022 a estimativa é de fechar o ano em R$ 155,2 bilhões – são R$ 76,3 bilhões a mais, ou 96,7%.

A “receita do sucesso”, conforme o gestor, foi cortar gastos e investir em obras, geração de empregos e justiça social.

“Crescemos mesmo na crise econômica e na pandemia. Avançamos em empregos, desenvolvimento econômico e desenvolvimento social. Isso é resultado de um trabalho feito a várias mãos, com os servidores públicos e uma participação importante do setor privado”, afirma Azambuja.

Ainda de acordo com o governador, o Estado tem o maior investimento per capita do Brasil.

“Tínhamos um PIB per capita de R$ 31,3 mil por habitante e vamos fechar 2022 ultrapassando R$ 43 mil por habitante, isso é muito importante, isso é aquela curva crescente que dobrou o tamanho do Estado em oito anos. O PIB é a riqueza gerada por todos nós, todos os segmentos, e a gente conseguiu fortalecer vários segmentos econômicos”, contextualiza.

Conforme já publicado pelo Correio do Estado, somente em 2022, Mato Grosso do Sul deve crescer o triplo da média nacional. O Brasil deve fechar o ano com crescimento de 1,5%. Já o Estado projeta finalizar 2022 com 4,66%.

Para o futuro, Azambuja acredita que a tendência é continuar com o bom desempenho. Ele reforça que o Estado deve continuar sendo indutor de crescimento, sobretudo fortalecendo a renda da população.

“Concluímos todas as obras inacabadas e todas as obras que vão ficar em execução, e olha que são muitas obras, vamos passar para o governador eleito, Eduardo Riedel, todas vão ficar com os recursos na conta. A gente deve passar mais de R$ 2 bilhões em recursos na conta para o Eduardo ter tranquilidade com a sua equipe”, afirmou.

Para os próximos 10 anos, o governo do Estado tem a expectativa de receber R$ 45 bilhões em investimentos privados com a geração de 5 mil novos empregos.

AGRONEGÓCIO

Boa parte do crescimento do PIB é resultado do desempenho do agronegócio.

O governador frisa que o crescimento da área plantada, apenas de soja e milho, foi expressivo durante os últimos anos, e a projeção é de que nos próximos cinco anos Mato Grosso do Sul chegue a 5 milhões de hectares plantados e passe a figurar no top 3, entre os maiores produtores do País.

“Hoje, Mato Grosso do Sul é o quinto no ranking brasileiro, a gente cresceu muito em área plantada. Começamos 2015 com 2,1 milhões de hectares plantados, falando somente de soja e milho, tirando floresta e cana. Estamos fechando essa safra 2021/2022 com 3,9 milhões de hectares, e Mato Grosso do Sul vai atingir 5 milhões de hectares plantados nos próximos cinco anos”, detalha Azambuja.

“Com certeza, o Estado vai ser um dos maiores no ranking de produção, nós não vamos chegar ao tamanho da produção hoje de Mato Grosso, que é o maior produtor, nem do Paraná, que já tem uma consolidação. E uma vantagem, a área plantada de Mato Grosso do Sul cresceu na área de pastagem degradada”.

Ainda de acordo com o governador, atualmente, o Estado tem mais de 1,1 milhão de hectares de floresta plantada. Conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, MS tem 18,6 milhões de cabeças de gado. O Estado, que já figurou como o maior produtor, hoje tem o quinto rebanho.

“Vamos dizer que nacional é o terceiro, porque nós temos um desfrute bem maior. O programa Precoce MS e os programas de incentivo à pecuária antecipam, por isso, mesmo com o quinto rebanho, Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor de carne do Brasil, com uma carne de altíssima qualidade”, frisa o  governador.

Ainda durante a apresentação dos dados, Reinaldo Azambuja destacou o bom desempenho da suinocultura, avicultura e psicicultura.

Em entrevista concedida ao Correio do Estado em setembro, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck, que continuará na gestão de Eduardo Riedel, explicou que a industrialização e a atração de novos empreendimentos para Mato Grosso do Sul garantem o crescimento pelos próximos anos.

O Estado tem em construção o Projeto Cerrado, a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo, que atualmente é o maior canteiro de obras com investimento privado do País.

Até 2028, outra planta de celulose será concluída em Inocência, trata-se do Projeto Sucuriú. Ambos os investimentos estão acima de R$ 15 bilhões.

“Tivemos um outro fator positivo, que é a industrialização do milho em Mato Grosso do Sul. Nós tivemos um crescimento da suinocultura que consome farelo de milho e deve aumentar a nossa produção e exportação de carne suína”, disse Verruck.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO