A população com 20 anos ou mais e que receberam o primeiro reforço da vacina contra a Covid-19 há pelo menos quatro meses poderão ir até as unidades de saúde para tomar o segundo reforço, a chamada D4.

Novo público foi liberado a partir desta sexta-feira (25) e a ampliação de público visa tentar reduzir os riscos de um novo pico de casos da infecção em decorrência da variante BQ.1.

Mesmo ainda não tendo sido confirmada no Mato Grosso do Sul, acredita-se que já deve estar em circulação, uma vez que estados como São Paulo e Rio de Janeiro, destinos frequentes de quem mora em Campo Grande e no interior, já confirmaram a presença da variante do vírus.

“Isolar a variante é só uma questão de tempo, porque sabemos que, com a facilidade de voos, principalmente, ela já deve estar circulando na cidade”, comenta a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo.

Para a superintendente, um reflexo disso é o aumento no número de atendimentos a pacientes sintomáticos respiratórios e na busca por testes de diagnóstico.

A estratégia de aplicar o segundo reforço em toda a população até os 18 anos também objetiva evitar que o cenário presenciado pela população entre dezembro de 2021 e janeiro deste ano se repita.

“Na época, tivemos uma crescente gigantesca no número de casos positivos, e uma positividade de mais de 40% em um dos meses. Neste momento cerca de 6,9% dos testes têm o resultado positivo, mas devemos permanecer alertas”, conclui a superintendente.

No começo da semana, o Secretário Estadual de Saúde, Flávio Brito, falou com o Correio do Estado sobre a importância de completar o esquema vacinal para garantir uma efetiva proteção contra o vírus.

“O problema é quem não tomou a segunda dose do reforço. Quem não tomou a terceira dose de reforço. Mais de 40% não tomou o reforço da D2. Quer dizer, então a questão é, não adianta abrir para público novo, se as taxas estão baixas. É preciso incentivar a população a completar o esquema vacinal”, comenta o secretário.

Como já comprovado cientificamente, as vacinas têm um papel fundamental contra o vírus da Covid-19. “A vacina salva vidas. Essa é a grande sacada. E isso tá mais do que comprovado no mundo inteiro. O que pode salvar vidas é a vacina”.

Em relação a novas variantes no Estado, o secretário afirma que não há registro. “Nós não temos ainda nenhuma cepa nova. Mas está sendo monitorado, temos onze sentinelas nessa função, a cada dez casos você faz o controle genômico daquela situação. Isso é importante pra gente pra saber e controlar”, concluiu.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO