Os vereadores de Campo Grande irão, na sessão parlamentar desta quinta-feira (17), analisar a proposta nº 10.664, que visa encontrar formas de criar um Parque Natural Municipal na região onde se localizam as cachoeiras do Céuzinho e do Inferninho.
De acordo com o projeto de lei, de autoria dos vereadores Carlos Augusto Borges e William Maksoud, a municipalidade ficaria autorizada a realizar permuta ou qualquer transação que achasse viável com os produtores rurais da região a fim de tornar as propriedades particulares da Bacia do Córrego Ceroula em área pública.
Também entraria na conta a porção da área que hoje pertence a concessionária de energia elétrica de Campo Grande. No espaço há uma usina abandonada, que inclusive já foi invadida por pessoas que praticam esporte de motovelocidade no local.
Para sustentar a proposta, os parlamentares justificam que a criação de um parque gerido pelo município poderia beneficiar ações de preservação do ecossistema, além de abrir espaço para que atividades de educação ambiental e pesquisas possam ser feitas.
Além do mais, o parque iria expandir o leque de turismo ecológico do Estado, que atualmente conta com destinos como Bonito, Bodoquena e o Pantanal para visitantes e turistas que pretendem realizar atividades de ecoturismo.
“O objetivo será para criação e construção de um Parque Natural Municipal de Campo Grande/MS na Região da Bacia do Ceroula, local que abrange a Cachoeira do Céuzinho, Cachoeira do Inferninho, Usina Abandonada do Ceroula, entre outras belezas naturais, para que seja realizada a gestão adequada da Unidade de Conservação”, aponta o texto divulgado pela Câmara Municipal.
Os parlamentares ainda lembram que hoje a população da Capital já visita o local, mesmo que de forma irregular e sem garantias de segurança, uma vez que o local começou a chamar atenção anos atrás e é o destino de ecoturismo mais próximo da cidade.
Dessa forma, a atuação do município seria apenas para regulamentar as visitações, oferecer estrutura adequada para os visitantes.
Além disso, as ações de preservação seriam melhor direcionadas e a fiscalização contínua inibiria qualquer tipo de depredação feita por banhistas que procuram as cachoeiras.
No entanto, para que o plano de ter um parque municipal na região saia do papel, o município teria que reivindicar as áreas, já que ambas cachoeiras e trilhas ficam dentro de propriedades privadas da região.
“[…] nosso município pode e deve ter um parque natural e estas áreas que abrangem a Bacia do Ceroula, ganharia com a construção de infraestruturas para receber os turistas de forma controlada, com licenças ambientais e fomento ao turismo.”, conclui a justificativa.
O texto da proposta está pautado para a próxima sessão da Câmara Municipal e deve será discutido pela primeira vez entre os parlamentares.