Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o rebanho bovino cresce pelo 3º ano consecutivo em 2021. Além disso, Corumbá, interior do Estado, continua tendo o 2º maior rebanho do País.
Além do crescimento, o número registrado em 2021 bateu recorde da série histórica. O crescimento é de 3,1% na comparação com 2020.
Logo, o aumento fez o número de cabeças chegar a 224,6 milhões, ultrapassando o recorde anterior, de 2016 (218,2 milhões).
Segundo a analista da pesquisa, Mariana Oliveira, 2021 foi marcado pela retenção de fêmeas para produção de bezerros, assim como já havia sido em 2020.
Tal prática foi um contraponto à queda no abate de bovinos, devido à falta de animais prontos para o abate.
Meio à alta, Corumbá se manteve como o 2º município com a maior produção de bovinos do país, com cerca de 1,8 milhão de cabeças de gado.
Em 1º no ranking está São Félix do Xingu (PA), com cerca de 2,4 milhões. Em 3º está Marabá (PA), com 1,4 milhão, em 4º está Porto Velho (RO), com 1,3 milhão e, em 5º, Cáceres (MT), com 1,1 milhão.
Com relação ao índice por Estado, Mato Grosso foi líder, com 32,4 milhões de cabeças, ou 14,4% do efetivo nacional.
Saiba mais
Com relação ao valor da produção de produtos pecuários, este chegou a R$ 91,4 bilhões, em 2021.
Segundo o IBGE, a produção de leite concentrou 74,5% deste valor, seguida pela produção de ovos de galinha (23,9%).
Sobretudo, a produção de leite foi estimada em 35,3 bilhões de litros em 2021, números que demonstram estabilidade na comparação com 2020.
Mesmo com a estabilidade, o preço médio nacional pago ao produtor pelo litro de leite subiu 21,0% em 2021, chegando a R$ 1,93 por litro, aponta o IBGE.
Tal aumento levou à variação de preços aos também para os consumidores que, segundo a analista Mariana, foi em razão de uma tentativa de acompanhar o aumento nos custos de produção, algo que acontece desde 2020.
Outros dados
A pesquisa do IBGE também levantou dados sobre a produção de outros produtos de origem animal: leite, ovos de galinha e codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã.
Constatou-se que a produção de mel segue em expansão, registrando um aumento de 6,4% e recorde com 55,8 mil toneladas.
Já a produção de ovos de galinha cresceu 1,7% e bateu novo recorde, com 4,8 bilhões de dúzias.
A piscicultura chegou ao maior nível da série, com 559 mil toneladas e R$ 4,7 bilhões em valor de produção.
FONTE: CORREIO DO ESTADO