Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), referente a agosto, mostra que houve um aumento no número de famílias endividadas em Campo Grande.
Em números absolutos, são 190.678 famílias endividadas em agosto, seja com cartões de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, carnês de lojas, financiamento de carro ou casa.
O aumento é registrado após quatro reduções consecutivas, sendo que, em agosto, apresentou um índice de 59,7% de endividados, contra 59,3% no mês de julho.
Além disso, o índice de famílias endividadas em Campo Grande registrou, por outro lado, que o número de pessoas que relataram ter contas em atraso caiu de 27,4% para 26,7%, em agosto.
Enquanto a porcentagem de pessoas que informaram que não terão condições de pagar suas contas passou de 11,5% para 11,6%.
A pesquisa mostra que os endividados com contas em atraso são cerca de 85 mil, e os que não terão condições de pagar são cerca de 37 mil.
O cartão de crédito continua na liderança absoluta como principal fonte de endividamento dos campo-grandenses (71%), seguido pelos carnês (23,2%).
Posteriormente, o motivo é financiamento de casa (10,5%), seguido de financiamento de carro (9,7%).
Segundo a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), Regiane Dedé de Oliveira, a variação no número de famílias endividadas demonstra um cuidado no controle das finanças, apesar do aumento em agosto.
“Embora sejam números pequenos, essa variação mês a mês é importante, pois temos alcançado índices razoáveis de endividamento. Quando comparamos com os números de agosto de 2021, as reduções são relevantes”, afirma.
Em agosto de 2021, o total de famílias endividadas era de 204.706 mil.
Saiba
O grupo pesquisado é compreendido por famílias em potencial, residentes nas capitais dos estados.
Segundo a pesquisa, os dados são levantados a partir de uma amostra de um número mínimo de famílias a serem entrevistados, que foi de 17.800.
Já a coleta dos dados é realizada sempre nos últimos dez dias do mês imediatamente anterior ao da divulgação da pesquisa.
A pesquisa visa, principalmente, calcular as consequências do endividamento, o que justifica a relevância dada aos aspectos estatísticos e metodológicos do estudo.
FONTE: CORREIO DO ESTADO