Os Produtos Internos Brutos (PIBs) de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul devem crescer mais que a projeção nacional este ano.

É o que defende a presidente da Federação da Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Inês Santiago, e o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campo Grande, Adelaido Vila.

Após o anúncio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esta semana, que mostrou o crescimento de 1,3% no PIB dos serviços e de 1,7% no comércio no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro, os líderes de entidades empresariais deram mostras de que estão otimistas.

A presidente da FCDL, Inês Santiago, destacou que a previsão do PIB do Estado – anunciada pelo governo, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) – é de um crescimento na ordem de 4,6%, ou seja, um número bem acima da previsão nacional, que é de 2,8% a 3%.

Inês Santiago destaca que houve aumento do consumo das famílias e o fim da pandemia fez deslanchar setores – outrora acorrentados – como o turismo, bares e restaurantes -, além dos transportes.

Fora isso, Inês Santiago informou que a volta às aulas presenciais também contribuiu para este crescimento acima da média.

“Estamos muito otimistas quanto à retomada do crescimento econômico, que vai trazer muitos empregos”, disse.

Para o presidente da CDL de Campo Grande, Adelaido Vila, há muitos indícios que apontam para o crescimento do PIB acima da média nacional.

Ele explica que, em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,7% e, em Campo, chegou a quase 10%.

Para este ano, a estimativa – segundo Adelaido Vila – é de 5%, além da segunda menor taxa de desemprego do País – hoje em 6,1%.

“Este ano o número de empresas criadas aumentou em 10% na comparação com o ano passado”, complementou o empresário.

Já a economista da Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS), Regiane Dedé Oliveira, deixou claro que – com o fim da pandemia – alguns setores se destravaram e o maior exemplo disso é o turismo, que foi um dos mais impactados em todo o mundo.

Outro fator que justifica os números de setor de comércio e serviços acima do PIB – de acordo com Regiane Dedé Oliveira – é o aumento de contratações de empresas que trabalham na terceirização dos serviços, além da explosão das compras ‘on-line’, o que resultou numa maior atividade dos correios e das empresas que fazem entregas.  Outra questão importante, segundo a economista da Fecomércio-MS – é o aumento na formalização de empresas.

Mesmo assim, ela considera que é cedo para afirmar que haverá crescimento acelerado.

“O País, o Estado e a cidade vão crescer, mas essa tão sonhada rapidez – que eu também queria – ainda é incerta”, frisou Regiane Dedé Oliveira.

Segundo o IBGE, os segmentos do setor de serviços apresentaram variações positivas ainda maiores, como, por exemplo: Outras atividades de serviços (3,3%), Transporte, armazenagem e correio (3%), Informação e comunicação (2,9%), Comércio (1,7%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,4%).

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO