Diante da redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), abastecer o carro tem ficado mais barato e o benefício não é só para o sul-mato-grossense. Na região de fronteira, os hermanos tem aproveitado os preços baixos para encher o tanque, o que deixou postos de Pota Porã sem gasolina nesta segunda-feira (11).
Conforme a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã, Fábricia Dias Prioste, pelo menos três postos do município ficaram sem gasolina em algum período do dia.
Em Ponta Porã os postos Barriga Verde, Tamino e Nippon ficaram sem gasolina devido ao aumento significativo de estrangeiros, segundo a presidente da Associação.
Fabrícia destaca que pelo menos sete postos do município registraram um grande aumento no número de clientes estrangeiros, principalmente paraguaios.
Entre os postos afetados, que recuperaram atividades ainda no mesmo dia, o Tamino é naturalmente conhecido pela gasolina à preço baixo.
“Esse posto já tem fama de ser o mais barato da cidade, então, vira e mexe tem tem uma filinha. Acabou o combustível, só que 13h30 já teve o reabastecimento, então eles vão conseguir atender a demanda”.
Ela ainda destaca a ação de um digital influencer que fez um dos postos bombarem, além da própria localização dos pontos de abastecimento, que diante da fila num primeiro são de fácil alternativa.
“E o Nippon tá na linha mesmo, na rua Paraguai, então não só pelo preço, ele conseguiu chamar muita gente para lá, por conta da divulgação que foi feita por um digital influencer”, afirmou.
Morador do País vizinho, o advogado Alejandro Benitez Aranha, que é diretor da Câmara de Indústria e Comércio de Pedro Juan Caballero, exalta não só os benefícios diretos de se ter uma gasolina mais barata em qualquer um dos países.
“Eu celebro que o preço da gasolina melhore, ajudará bastante se sobrar, e com isso a população gasta em outros tipos de consumo. Isso movimenta a economia e ajuda a melhorar as vendas e o consumo”, expõe o diretor da Câmara de Comércio de PJC.
Apesar de continuar abastecendo em seu próprio país, Aranha conta que pôde perceber no dia-a-dia, gradualmente, a mudança no fluxo de pessoas que buscavam o Paraguai para pagar mais barato na hora de abastecer.
“Bom, nós que moramos na fronteira, podemos dizer que, na semana passada, antes de baixar a gasolina, os brasileiros abasteciam o combustível no Paraguai”.
Ainda assim, ele salienta o movimento cíclico que, de tempos em tempos, benefícia um e outro país.
“Bom, nós que moramos na fronteira, podemos dizer que, na semana passada, antes de baixar a gasolina, os brasileiros abasteciam o combustível no Paraguai. Agora mesmo, muitos produtos da cesta básica e mais barato aqui, no Paraguay`, e muitos brasileiros vem comprar”, destaca.
FONTE: CORREIO DO ESTADO