Um dos cinco envolvidos na morte do promotor paraguaio, Marcelo Pecci, declarou ter sido contratado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) e que teria recebido US$ 120 mil para o serviço. A declaração aconteceu durante audiência reservada, nesta segunda-feira (6).
Pecci foi morto com dois tiros à queima-roupa, no dia 10 de maio, enquanto estava em lua de mel com a esposa e jornalista Cláudia Aguilera, em uma ilha paradisíaca na Colômbia.
De acordo com informações concedidas a veículos de comunicação locais, o acusado revelou ter recebido a quantia, mas ressaltou que não sabia quem necessariamente deveria executar, tampouco que Pecci era promotor.
O quinteto, identificado como Wendel Scott Carrillo, venezuelano; Francisco Galeano, Eiverson Zabaleta, Cristian Camilo Monsalve e Marisol Londoño, todos colombianos, acharam que Marcelo Pecci era empresário e que o trabalho seria referente a um acerto de contas.
Os pistoleiros foram capturados na sexta-feira (3) em Medellín, na Colômbia e posteriormente transferidos para Cartagena. Três dos cinco presos estão dispostos a colaborar com Justiça colombiana. O depoimento dos acusados deve ser feito diante a Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira (7).
Wendel Scott Carrillo está sendo apontado como o principal suspeito de ser o autor material do crime, já que teria disparado os tiros que acabaram com a vida do promotor, enquanto Galeano seria o articulador e financiador do crime.
Já Eiverson Zabaleta, teria sido encarregado de deslocar os assassinos para a praia onde Pecci estava com sua esposa e Monsalve junto com Londoño, mãe e filho, teriam sido encarregados de marcar os passos do falecido representante do Ministério Público.
As autoridades colombianas estão à procura de Gabriel Carlos Luis Salinas, venezuelano, que dirigiu o jet ski em que o assassino viajava de Playa Blanca ao hotel Decameron.
De acordo com o portal paraguaio, Ultima hora, uma das principais hipóteses da investigação é que o assassinato teria sido gestado a partir das prisões dos Estados Unidos. Porém, não está descartada a participação de estruturas do Brasil e do Paraguai na execução.
As autoridades da Colômbia, EUA e Paraguai trabalham juntas na investigação do crime.
Fonte: Correio do Estado