Depois de a fila de caminhões na aduana de Corumbá chegar a marca de 600 veículos parados, o secretário do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO), Jaime Verruck, declarou que “a expectativa é que nos próximos dias se regularize esse fluxo”.
Como anunciado pelo Correio do Estado, desde o começo deste ano, a situação do escoamento de cargas que precisam entrar no Brasil pelo porto-seco de Corumbá tem estado praticamente parado.
Isso porque, a Receita Federal começou a operação-padrão nos principais pontos aduaneiros do país em tentativa de pressionar o Governo Federal a negociar o corte orçamentário anunciado para 2022.
O órgão quer o fim do corte orçamentário da pasta, que caiu de R$ 2,5 bilhões para R$ 1,7 bilhão, realização de concursos para aduanas e pagamento de abono acordado em 2016.
Na manchete de 17 deste mês, era estimado que só essa movimentação dos servidores federais era responsável por travar a entrada de R$ 1,3 bilhão em mercadorias que deveriam passar por Corumbá.
Em nota o Governo do Estado afirma que por meio de ações do secretário Jaime Verruck auxiliadas pela Ministra Tereza Cristina do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o embaraço causado pela operação-padrão na fronteira de MS em Corumbá diminuiu consideravelmente na última semana.
Até o meio de fevereiro, 600 caminhões estavam travados na região por lentidão no trabalho das aduanas do estado. Em Mato Grosso do Sul, a “operação tartaruga” para a liberação de cargas ocorreu também nas aduanas de Ponta Porã e Mundo Novo.
Conforme Verruck, por pedido do prefeito Marcelo Iunes, foi solicitado apoio do Governo estadual para desafogar a situação. “Chegamos a ter mais de 500 caminhões parados, aguardando no pátio da Agesa [Armazéns gerais Alfandegados de Mato Grosso do Sul], gerando prejuízos com estadia, devido à operação padrão dos funcionários da Receita. Levamos a situação para a ministra Tereza Cristina e solicitamos o apoio do ministério”, relembra.
Em comunicado oficial, na tarde da última quinta-feira (24), o titular da Semagro, em contato com a Fiems e a Agesa, obteve a confirmação de que “a intervenção da ministra já permitiu a liberação dos caminhões de combustível, que eram em torno de 180”.
Verruck ainda espera que essa intervenção possa normalizar o fluxo nos próximos dias. “Agora, o próximo passo, também em função da intervenção da ministra, é a ampliação do chamado Canal Verde. Na verdade, o grande problema hoje é o volume que nós temos no Canal Vermelho,” relata.
Segundo o Governo do Estado passam na Agesa, o principal corredor de comércio exterior do Brasil com a Bolívia, diariamente, cerca de 200 carretas, local onde a espera está mais crítica.
Fonte: Correio do Estado