A empresa Penescal Engenharia e Construção Eireli venceu a licitação e será a responsável pela execução de bacia de amortecimento no Córrego Reveilleau, localizado na Avenida Mato Grosso com a Hiroshima, em Campo Grande.
A obra no córrego faz parte das medidas para desassoreamento do lago do Parque das Nações Indígenas.
Resultado da licitação foi publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (3).
No edital de abertura, o valor total estimado para a obra foi de R$ 6.700.418,97. A concorrência foi na modalidade menor preço e o valor final proposto pela empresa vencedora não foi divulgado.
Conforme o projeto, as obras previstas têm como objetivo a implantação da bacia de amortecimento, funcionando como detenção pluvial nos picos de cheias, bem como melhorias de mobilidade urbana no entorno da obra.
A obra é alternativa ao “piscinão” para retenção de águas pluviais que seria construído no local, mas que a prefeitura desistiu do projeto inicial e substituiu pela bacia de amortecimento.
Além da retenção de água, a bacia também deverá “segurar” parte dos sedimentos que descem para o lago do Parque das Nações.
A obra deve ser a solução para o assoreamento do lago.
Desde que foi construído, o lago do parque serve para o encontro das águas dos córregos Réveillon, Joaquim Português e Desbarrancado. O assoreamento é resultado do sedimento e da areia que descem pelo Réveillon (em sua maior parte) e pelo Joaquim Português.
Assoreamento
Em 2011, o lago do Parque das Nações Indígenas passou por uma revitalização completa, que precisou ser repetida em 2014.
Nas duas ocasiões, a retirada da areia na barragem ao lado do lago principal foi feita com a ajuda de caminhões basculantes, uma retroescavadeira e uma draga – máquina para retirar areia e lodo do fundo dos rios.
As ações do último projeto, que custou cerca de R$ 1,5 milhão, incluíam desassoreamento do lago de contenção, drenagem, reforma do gradeamento, quiosques, banheiros, quadras, rede elétrica e iluminação do parque.
Em 2019, o local voltou a ficar assoreado, com largas faixas de bancos de areia.
Em junho do mesmo ano, foram iniciadas obras para impedir que sedimentos continuem sendo carregados ao local e ações de desassoreamento nos dois lagos.
As intervenções foram realizadas pelo Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Campo Grande.
No projeto estavam previstas a construção de um piscinão no córrego Reveilleau, substituída pela bacia de amortecimento, as obras de controle de erosão e a recomposição vegetal das margens do córrego Joaquim Português, além da implantação de uma comporta de regulação do nível do lago.
A primeira obra realizada no Parque foi a retirada de 135 mil metros cúbicos de areia do lago maior. No lago menor, foram retirados 15.474 metros cúbicos de sedimentos.
Em 2019, o lago maior foi esvaziado para a manutenção do local, como a construção de decks e a reforma dos gabiões, estrutura responsável pela drenagem da areia.
FONTE: CORREIO DO ESTADO