Janeiro tem 51% a menos de chuvas do que o esperado para o mês em Campo Grande, de acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Dos 225,4 milímetros esperados para o mês de janeiro, choveu 115mm. O acumulado indica que o índice pluviométrico ficou 51% abaixo do esperado.
A onda de calor que atingiu o Estado nas últimas semanas impediu a formação de nuvens e ocorrência de chuvas.
Temperaturas saltaram para 40ºC em vários municípios do Estado.
De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, as chuvas ocorreram com maior volume e frequência a partir de 18 de janeiro em Campo Grande. “Apesar de toda a chuva da última semana, faltou chuva”.
Chuvas isoladas caem de forma irregular em Campo Grande e é por isso que em algumas regiões chovem bastante e em outras apenas pingam.
Somente na região do jardim Panamá em Campo Grande choveu próximo do esperado. O volume de chuvas foi de 207,8mm e o esperado era de 212,6.
Conforme noticiado pelo Correio do Estado, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), decretou situação de emergência no dia 3 de janeiro de 2022 em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, devido à seca que atinge o Estado e prejudica o setor produtivo.
Abrahão ressaltou que a seca e massa de ar quente, associada ao baixo volume de chuvas, impacta a produtividade agrícola em Mato Grosso do Sul.
Com decreto de calamidade pública, o governo irá auxiliar produtores a reduzirem as perdas.
Agricultores poderão acionar seguros, fazer renegociações e ampliar o pagamento de dívidas.
“Desde o mês de dezembro, estamos monitorando a questão da estiagem e seca prolongada em Mato Grosso do Sul. Estamos com volume de chuvas muito pequenas, que trazem grandes problemas em todo Estado, por isso decretamos situação de emergência”, disse o governador.
FONTE: CORREIO DO ESTADO