Secretário Municipal de Saúde José Mauro Filho, disse que espera um posicionamento da Anvisa nos próximos dias, acerca da imunização infantil com doses da Coronavac, o que pode dar celeridade ao processo de vacinação entre a faixa etária de 5 a 11 anos.
O Instituto Butantan fabricante da CoronaVac no Brasil, já havia pedido em dezembro, que a Anvisa autorizasse o uso das doses em crianças. No entanto, a Agência cobrou que mais dados fossem apresentados para a decisão.
Na última quinta-feira (6), a Anvisa realizou algumas reuniões para avançar na decisão de permitir ou não o uso das doses.
O titular da pasta ressaltou que a Sesau está confiante também, de que o Ministério da Saúde antecipe a campanha de aplicação do imunológico da Pfizer, que está marcada para começar depois do dia 15 de janeiro.
A Pfizer, única responsável atualmente pela fabricação da vacina infantil, deu ao ministério da saúde, a previsão de entrega da primeira remessa ainda no próximo dia 13.
“A credito que o Ministério da saúde antecipe essa campanha, bem como a vacinação das crianças, nós precisamos vacinar as crianças rapidamente, está em discussão a autorização da Coronavac para crianças, esperamos que a Anvisa se posicione na próxima semana sobre a utilização de outra vacina para crianças”, disse.
José Mauro assegurou que a Capital possui estrutura suficiente para receber as crianças durante a aplicação da primeira dose, com pelo menos 70 unidades habituadas, e pretende também usar as escolas como polo de apoio.
“Se for uma outra vacina campo grande esta com 72 outras unidades prontas para vacinar, é um outro tipo de estratégia que a gente já estamos planejando, devemos inclusive utilizar as escolas para reforças esse tipo de vacinação rápida, e imunizar essa população, a cidade tem uma população jovem aproximadamente 18% que inclui essa faixa abaixo de 12 anos em CG, precisamos imunizar esse publico”, afirmou.
Conforme já noticiado pelo Correio do Estado, a vacinação em crianças foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no dia 16 de dezembro.
O imunizante conta com mais de 90,7% de eficácia e possui uma fórmula diferente das dos adultos, com dosagem de 10 microgramas.
Inicialmente, o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga tentou barrar a imunização, sugerindo às secretarias, uma prescrição médica para a aplicação, medida vista por especialistas como mais uma tentativa em dificultar a imunização no país.
Ao Correio do Estado, secretário José Mauro Filho se posicionou dizendo que a exigência de receita médica resultaria em uma superlotação no sistema público de saúde. No entanto, posteriormente Queiroga voltou e suspendeu a orientação, que inclusive não foi bem aceita por vários estados do país.
Fonte: Correio do Estado