Com queda de 44 para 31 Auditores-Fiscais nas alfândegas de Mato Grosso do Sul, o que representa 29,55% do quadro de servidores necessários, o presidente do Sindifisco no Estado Anderson Novaes, voltou a expor a situação da classe e pediu um novo concurso para o setor.

Segundo Novaes, o sistema alfandegário do Estado está defasado e tende a piorar. “A situação já ultrapassou o limite razoável. Quem atua hoje nas unidades está muito sobrecarregado e a situação tende a piorar muito. Com um quadro de servidores com idade média acima de 50 anos, a situação deve se tornar ainda mais crítica em um futuro breve, por conta das aposentadorias que vão ocorrer”excplicou.

Conforme relatado pelo presidente, para se ter uma ideia, em Corumbá onde o quantitativo de servidores está bem a quem do que deveria, o número auditores caiu de 16 para 9 desde 2014.

Em Mundo Novo o cenário teve baixa de 25%, sendo que de 16 auditores, o sistema opera em 12 no comparativo de 2012 a 2021. Enquanto em Ponta Porã, o percentual foi de 16,67%, com queda de 12 para 10 no mesmo período.

Protestos da categoria

Não é a primeira vez que o Sindfisco tem o pedido de um novo concurso negado pelo governo federal, sendo que a última prova foi realizado em 2014.

Inclusive, a solicitação de um novo exame foi um dos motivos de reivindicações do Sindicato em dezembro, além da revisão do corte de R$ 1,2 bilhão do orçamento da Receita e ainda o pagamento do bônus de produtividade da categoria.

No último dia (22), auditores-fiscais e analistas tributários da Receita Federal no Mato Grosso do Sul entregaram seus cargos em forma de protesto ao corte orçamentário e da não regulamentação do bônus.

O montante que deveria ter sido repassado à classe foi transferido para dar aumento a policiais federais neste ano de 2022.

Fonte: Correio do Estado