O empresário e pecuarista Jamil Name, preso em flagrante por porte ilegal de arma, prestou depoimento na manhã desta segunda-feira (30) em audiência de custódia que ocorreu no Fórum de Campo Grande e a decisão do juiz de plantão David de Oliveira foi de manter Name preso.

Em depoimento, o pecuarista declarou que não sabe como que uma pistola Glock municiada foi parar em seu quarto, em cima de uma cômoda. Ele disse ainda que não tem armamentos e sobre espingarda encontrado com um de seus funcionários que trabalha em seu Haras, Adelino Louveria, até poderia ser sua, mas que deveria ter registro. Name completou dizendo que a espingarda estaria com seu funcionário para que ele pudesse fazer sua defesa pessoal. Adelino Louveira foi solto na última sexta-feira (27) após pagar fiança de um salário mínimo por porte ilegal de arma.

Além de Name, mais quatro presos durante a Operação Ormetà, o policial civil Frederico Maldonado, Eltom Pedro de Almeida, Luís Fernando da Fonseca e Arthur D´Álcio também foram ouvidos na manhã de hoje, durante audiência de custódia, e tiveram a prisão decretada. Apenas Eltom Pedro teve concessão de liberdade provisória por porte ilegal de arma e teria que pagar fiança de R$ 2.994,00, mas o valor não foi pago e ele continua preso. Ele disse que a pistola e dez munições encontrada pela polícia em sua residência era de seu avô que já é falecido e que ele nunca teria usado a arma.

Em depoimento, Frederico Maldonado, que foi preso devido policiais encontrarem em sua casa munições de origem estrangeira e de calibre 38, ele disse que as munições diziam respeito a arma que ele ganhou em cautela por juiz de Ponta Porã e que seriam usadas para treinamento.

Treinador de cavalos do Haras de Name, Luís Fernando foi preso em flagrante após a polícia encontrar cinco munições em sua casa sem registro e nem porte legal para ter o armamento.

E por último, dos cinco ouvidos hoje, Arthur Cunha D´Álcio preso em flagrante com 27 porções de cocaína.

A informação é de que os cinco presos serão redistribuídos pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), mas até o fechamento desta matéria não foi informado o local para onde cada um foi levado.

O advogado de Jamil Name, Renê Siufi, declarou que é “tudo mistério” ao ser indagado pela reportagem sobre o local em que seu cliente seria transferido.

Siufi disse também que aguarda nova redistribuição de pedido de liberdade de Name e de seu filho. “Estou esperando ser redistribuído, deve sair hoje à tarde (nova decisão)”, afirmou Siufi.

Fonte: Correio do Estado