A variante Delta está presente em quatro cidades do Mato Grosso do Sul, sendo Corumbá, Ladário, Amambai e Campo Grande, de acordo com o estudo “Mapeamento Genômico de Mato Grosso do Sul”.
Das 485 amostras sequenciadas, menos de 2% são da cepa indiana. Em todo o Estado foram identificados 10 casos da Delta.
Os primeiros casos da cepa no Estado aconteceram em julho. A Delta surgiu na Índia e é altamente transmissível, no qual levou a uma explosão de mortes.
No Brasil, ela foi identificada pela primeira vez no Maranhão, em maio.
Especialistas alertam para que toda a população esteja vacinada com as duas doses da vacina, pois as que tomaram apenas a D1 têm uma proteção falha em relação a todas às cepas, mas especialmente em relação à variante delta.
Segundo o secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, a vacinação contribuiu para que a chegada da variante Delta fosse minimizada no Estado.
“A vacinação, principalmente nos 13 municípios da fronteira, nos ajudou e evitou que a Delta se espalhasse. A nossa estratégia continua a mesma, de avançar na aplicação da segunda dose ou dose reforço nos idosos e profissionais de saúde”, afirmou o titular da Pasta.
A variante predominante em Mato Grosso do Sul é da P.1, conhecida como Gama, que teve origem em Manaus (AM), com 43% dos casos. Ela foi identificada em 47 municípios.
A P.1 tem maior transmissibilidade, atinge a população mais jovem, apresenta uma evolução mais rápida da doença e diminui a efetividade das vacinas.
De acordo com o infectologista Julio Croda, essa variante é a que predomina em todo o país.
“É a variante que domina todos os estados do Brasil. Ela é uma variante mais transmissível e acomete os mais jovens. A maioria das pessoas internadas eram jovens, contaminadas por conta da P.1, porque ela tem uma carga viral mais elevada”, disse o especialista.
Em todo o Estado foram identificadas 21 variantes da Covid-19. Campo Grande é o município com maior número de registros (13), seguido por Dourados e Chapadão do Sul (6) e Três Lagoas (5).
Após a P.1, aparecem na sequência de maior prevalência as variantes de linhagens brasileiras, como a P.1.7 (16,3%), B.1.1.28 (12,8%), B.1.1.33 (8,2%) e a P.2 (12,2%).
Mesmo com os altos números de variantes no Estado, 10 municípios não registraram presença das cepas, sendo eles Anaurilândia, Bataguassu, Caarapó, Caracol, Cassilândia, Glória de Dourados, Jaraguari, Jateí, Juti, Laguna Carapã.
FONTE: CORREIO DO ESTADO