Agosta registra 15% a menos das chuvas do que o esperado para o mês todo em Mato Grosso do Sul, de acordo com o meteorologista Natálio Abrahão.

Dos 37,2 milímetros (mm) esperados para o período de 1º a 31 de agosto, choveu 31,3mm. O acumulado indica que o índice pluviométrico ficou 15,8% abaixo do esperado.

O acumulado de chuva ocorreu no último fim de semana após cerca de 75 dias de estiagem em Mato Grosso do Sul.

Após 77 dias de estiagem em Campo Grande, choveu na última sexta-feira (27) e sábado (28). Não chovia abundantemente na Capital desde 11 de junho deste ano.

No entanto, a Capital chegou a registrar chuvas isoladas (1,6mm) em 18 de julho, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A chuvarada do fim de semana foi suficiente para elevar os níveis de umidade relativa do ar no Estado e melhorar a qualidade do ar.

De acordo com o meteorologista, a maioria dos municípios de Mato Grosso do Sul registraram chuvas abaixo da média para o mês. Veja:

Ocorrido Esperado
Corumbá 4,8mm 24,8mm
Coxim 4mm 19mm
Campo Grande 34,2mm 35,2mm
Três Lagoas 7,4mm 36,3mm
Dourados 45,9mm 48,8mm
Ponta Porã 61,4mm 50,6mm
Rio Brilhante 40,6mm 43mm
Ivinhema 51,9mm 42mm
Mato Grosso do Sul 31,3mm 37,2mm

O clima seco, baixo índice pluviométrico, umidade relativa do ar baixa e estiagem são características provenientes da estação de inverno.

Mato Grosso do Sul se assemelha ao clima desértico em plena estação de inverno.

A baixíssima umidade relativa do ar, altas temperaturas e grande amplitude térmica, que é a diferença entre temperatura máxima e mínima, são características que comparam o clima sul-mato-grossense com o deserto.

Consequências

O tempo seco, escassez de chuvas e estiagem provocam impacto no meio ambiente. A vegetação e qualidade do ar são afetados com o baixo índice pluviométrico.

Gramas, folhas, árvores e frutos ficam secos devido à falta de chuvas, podendo atingir o nível letal da planta caso não seja irrigada.

Os rios Aquidauana e Paraguai também sofrem com a seca.

Dados do boletim da sala de situação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) indicam que os rios Aquidauana e Paraguai continuam em situação de estiagem mesmo após a chuvarada do fim de semana.

O rio Paraguai atinge altura negativa (-66cm) nesta terça-feira (31) na estação telemétrica de Porto Esperança.

O índice representa que o nível da água encontra-se abaixo da régua, de acordo com a assessoria de imprensa do Imasul.

As queimadas também são comuns nesta época do ano.

Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) revelam que Mato Grosso do Sul registou 1.357 focos de calor nos últimos sete meses.

O tempo seco, escassez de chuvas e baixíssima umidade relativa do ar em Mato Grosso do Sul abre alerta para surgimento de doenças respiratórias.

O tempo seco favorece o surgimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, gripe e inflamação na garganta, de acordo com o enfermeiro e doutor em Infectologia, Everton Lemos.

Os sintomas das doenças citadas são muito parecidos com os da Covid-19, portanto, a população deve ficar alerta.

A melhor forma de distinguir doenças respiratórias do vírus da Covid-19 é fazendo a testagem.

 

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO