O número de casos confirmados de Covid-19 nos 13 municípios de fronteira de Mato Grosso do Sul caíram 63% após a vacinação em massa com a dose única da Janssen.
Os municípios que fazem fronteira com o Paraguai e Bolívia imunizaram toda a população acima de 18 anos para um estudo de imunização.
A vacinação deste estudo foi encerrada no dia 8 de julho, com 94.215 pessoas vacinadas.
Conforme a primeira parcial, divulgada pelo Governo do Estado nesta sexta-feira (30), em comparação com os 66 municípios que não fizeram parte do estudo, houve redução de casos novos confirmados nas cidades fronteiriças.
Conforme o levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), em comparativo referente a 30 dias de análise, foi constatado redução de 63,3% nos novos casos confirmados nos 13 municípios.
Nos demais municípios, a redução foi de 46,6%.
Também houve diminuição na incidência de mortes por Covid-19, com variação de 50% a 90% de queda.
A Secretaria de Saúde ressalta que os índices podem ser ainda menores, tendo em vista que o levantamento foi realizado quando ainda não havia sido completado os 14 dias após a vacinação, que é o período de resposta imunológica da Janssen.
O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirma que o chamado cinturão sanitário é a maior conquista que o Estado teve até o momento no enfrentamento à Covid-19.
Resende afirma ainda que Mato Grosso do Sul será o primeiro estado do Brasil a sair da pandemia.
“Nós conseguimos esse feito histórico. Esse processo de imunização nos 13 municípios foi extremamente importante para nós. Os municípios compõem a região de fronteira de nosso Estado e criamos esse cinturão sanitário”., disse.
O levantamento leva em consideração que o Estado também já havia iniciado a vacinação na população de todas as cidades com imunizantes de outros laboratórios, o que também influencia para o aumento da população imunizada.
Participaram do estudo as cidades de Mundo Novo, Japorã, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Antônio João, Bela Vista, Caracol, Porto Murtinho, Corumbá e Ladário.
Resende avalia que o resultado do cinturão sanitário deve ser ainda mais positivo, levando em consideração o período de 14 dias para a geração dos anticorpos.
A tendência é que os casos e mortes diminuam sensivelmente, trazendo impacto positivo na situação epidemiológica no Estado.
“Essa barreira vai reduzir a circulação de variantes e contribuir para a redução de outros índices epidemiológico como a taxa de ocupação de leitos hospitalares e óbitos”, avaliou.
FONTE: CORREIO DO ESTADO