Relatório do observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classificou a pcupação de leitos de Mato Grosso do Sul na zona de risco intermediária, com taxa de 66%.

Campo Grande também entrou para a classificação de risco intermediária das capitais, com ocupação de 78%. Os números analisados foram referentes aos dias 4 a 17 de julho.

Com a queda nas ocupações, a Friocruz registrou que estados e municípios começaram a retomar atividades assistenciais interrompidas ou reduzidas por conta da pandemia.

A instituição mostrou que o declínio no número de internações e óbitos ocorreu em todas as faixas etárias, contudo, o início da vacinação de adultos fora da faixa dos 60 anos mudou o perfil etário das internações e mortes no Brasil nas últimas duas semanas.

A média da idade de internações e de óbitos aumentaram e voltaram a se concentrar entre idosos.

“Esse novo panorama, reflexo da vacinação de pessoas mais jovens (que será progressiva, na medida em que avança de forma decrescida nas faixas etárias) mostra que a idade é um fator de risco independente para o agravamento da Covid-19. Portanto, a decisão de priorizar os idosos logo no início da vacinação foi acertada”, registrou a Fiocruz.

A Fundação alegou que os índices positivos são resultados da vacinação e das medidas de biossegurança, mas que as variantes ainda preocupam.

“Ainda não chegamos a uma situação de controle da pandemia, sendo muito preocupante a disseminação da variante delta, altamente transmissível, em diferentes partes do país”.

As vacinas têm se mostrado efetivas na prevenção de casos graves. Em todo o país há registos de adoecimento de pessoas com o esquema vacinal completo, mas o que foi observado é que os casos são, no geral, mais leves.

“Estamos em um cenário, no entanto, em que grande parte da população que já recebeu uma dose da vacina ainda não está imunizada pelo esquema vacinal completo, e uma outra grande parte ainda está por ser vacinada”, informa o relatório.

Para resultados mais efetivos, é necessário que cerca de 80% da população esteja completamente imunizada. No Brasil, 44,61% das pessoas já receberam a primeira dose (D1) e 21,86%, a segunda (D2) ou dose única.

Em Mato Grosso do Sul a taxa é maior, 75,12% com a D1, e 30,94% com a D2 ou dose única.

Variante Delta

A Fiocruz alertou ainda que as vacinas podem ter eficácia reduzida frente à variante Delta, especialmente em quem tomou apenas uma dose. Por isso, os cuidados de biossegurança precisam ser mantidos.

A circulação da variante Delta da Covid-19 nos estados que fazem divisa com Mato Grosso do Sul gera preocupação na Secretaria Estadual de Saúde (SES), que prevê que a mutação chegará no Estado.

A variante delta é mais transmissível do que as outras cepas do vírus da Covid-19 e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), tem a possibilidade de gerar reinfecção em quem já teve a doença ou de possivelmente escapar da cobertura vacinal.

“Mesmo que nos atinjamos os 80% da população imunizada, vamos ter que nos cuidar porque esta rondando perto de MS as mutações que é preocupação em todos os países e em todos os estados onde ela se faz presente”, disse esta semana ao Correio do Estado, o secretário de Saúde, Geraldo Resende.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO